PPGECO 460 - TÓPICOS ESPECIAIS EM ECONOMIA, TECNOLOGIA E DESENVOLVIMENTO (4 Créditos)

Tópicos:

EMENTA: A disciplina apresenta tópicos relacionados à economia industrial e da inovação e estrutura-se em cinco grandes tópicos: Tópico A – Conceitos teóricos fundamentais de concorrência e inovação na perspectiva neo-schumpeteriana (ou teoria evolucionária); Tópico B - Caracterização do paradigma produtivo contemporâneo (globalização, emergência da China e manufatura avançada); Tópico C – Política industrial e desenvolvimento; Tópico D – Transformações Recentes no padrão Técnico-Econômico; Tópico E – Política Industrial e Desenvolvimento.

TÓPICO A – CONCEITOS TEÓRICOS FUNDAMENTAIS – CONCORRÊNCIA E INOVAÇÃO:
1- CONCORRÊNCIA NA DINÂMICA CAPITALISTA – SCHUMPETER, J (1942) e POSSAS, M. L. (2002)
SCHUMPETER, Joseph. Capitalismo, Socialismo e Democracia. Rio de Janeiro: Editora Zahar edição original de 1942. (1984: capítulo 7 e 8)
POSSAS, Mário Luiz. "Concorrência schumpeteriana." Economia industrial: Fundamentos teóricos e prática no Brasil. Rio de Janeiro, Brazil: Campus (2002).
2- A VISÃO EVOLUCIONÁRIA DA FIRMA – Nelson; Winter, (1982); Hasenclever; Tigre (2002); Freeman, 1995
NELSON, R.; WINTER, S. (1982). An evolutionary theory of economic change. Harvard Un. Press. Caps 1 e 11
HASENCLEVER,L.; TIGRE,P. Estratégias de Inovação. In: KUPFER,D.; HASENCLEVER, L. (2002), orgs., cap. 18;
FREEMAN, C. (1995). The "National System of Innovation" in historical perspective. Cambridge Journal of Economics,
v. 19, n. 1.
3- TRAJETÓRIAS TECNOLÓGICAS: DISRUPTIVAS, INCREMENTAIS, CUMULATIVIDADE - Dosi (1988); Pavitt (1984); Dosi, Teece, Winter.
DOSI, G. (1988). Sources, procedures and microeconomic effects of innovation. Journal of Economic Literature, v. 26,
sep.
PAVITT, K. (1984). Sectoral patterns of technical change: towards a taxonomy and a theory. Research Policy, North-
Holland, v. 13, n. 4.
DOSI, G.; TEECE, D.; WINTER, S. (1992). Toward a theory of corporate technology: preliminary remarks. In: DOSI,
G. et al. Technology and enterprise in a historical perspective. London: MacMillan.

TÓPICO B – CARACTERIZAÇÃO DO PARADIGMA PRODUTIVO CONTEMPORÂNEO:
4- PRODUÇÃO INDUSTRIAL SOB A LÓGICA DA FINANCEIRIZAÇÃO – Lazonick, W. e O´Sullivan (2000), Plihom (2005)
LAZONICK, William; O'SULLIVAN, Mary. (2000) Maximizing shareholder value: a new ideology for corporate governance. Economy and society, v. 29, n. 1, p. 13-35.
WRAY, L. Randall, (2009) “O novo capitalismo dos gerentes de dinheiro e a crise financeira global” Revista Oikos, volume 8, n.1. Rio de Janeiro, 2009.
PLIHON, D. (2005). As grandes empresas fragilizadas pela finança. In: CHESNAIS, F. 2005. Finança Mundializada – raízes sociais e políticas, configurações e consequências. São Paulo: Boitempo Ed..
5- NOVAS FORMAS DE ORGANIZAÇÃO DA PRODUÇÃO - Sturgeon (2002); Sturgeon (1997); Ernst, Kim (2001)
STURGEON, T. (1997). Does manufacturing still matters? The organizational delinking of production from innovation.
BRIE Working Paper 92B.
STURGEON, T. (2002). Modular production networks: a new American model of industrial organization. Industrial and
Corporate Change, v.11, n. 3.
ERNST, D.; KIM, (2001). Global production networks, knowledge diffusion, and local capability formation. Research
Policy, n. 31, p. 1417-1429.
6- EMERGÊNCIA DA INDÚSTRIA 4.0 - ; DAUDT, WILLCOX (2016); DIEGUES, ROSELINO (2021); HIRSCH-KREINSEN (2016)
DAUDT, Gabriel Marino; WILLCOX, Luiz Daniel. Reflexões críticas a partir das experiências dos Estados Unidos e da Alemanha em manufatura avançada. 2016.
DIEGUES, Antonio Carlos; ROSELINO, José Eduardo. Política Industrial e Indústria 4.0: a retomada do debate em um cenário de transformações no paradigma tecnoprodutivo. Revista Brasileira de Inovação, v. 19, 2021.
HIRSCH-KREINSEN, H. “Industry 4.0” as Promising Technology: Emergence, Semantics and Ambivalent Character, 2016. (Arbeitspapier, nr. 48).
7- REGRESSÃO ESTRUTURAL BRASILEIRA -
HIRATUKA, Célio; SARTI, Fernando. Transformações na estrutura produtiva global, desindustrialização e desenvolvimento industrial no Brasil. Brazilian Journal of Political Economy, v. 37, p. 189-207, 2017.
ARAUJO, Elisangela et al. Revisitando a desindustrialização e o papel da heterogeneidade setorial: uma análise global para o período 1993-2018. Anpec, p. 1-20, 2021.
SUGIMOTO, Thiago Noronha; DIEGUES, Antônio Carlos. A China e a desindustrialização brasileira: um olhar para além da especialização regressiva. Nova Economia, v. 32, p. 477-504, 2022.

TÓPICO C – POLÍTICA INDUSTRIAL E DESENVOLVIMENTO:
8- POLÍTICA INDUSTRIAL – CONCEITOS FUNDAMENTAIS – Chang (1994), Suzigan; Villela (1997), Dosi (1988)
SUZIGAN, W.; VILLELA, A.V. Industrial policy in Brazil. Campinas: Unicamp/Fapesp, 1997 (Cap 1).
DOSI, G. (1988). “Institutions and markets in a dynamic world”, The Manchester School, 56 (2) 119-46.
CHANG, H.-J. (1994). The Political Economy of Industrial Policy. London: Macmillan (Cap3).
9- POLÍTICA INDUSTRIAL – DISCUSSÃO CONTEMPORÂNEA – Mazzucato (2011), Cimoli et all. (2007), Suzigan ; Furtado (2010)
MAZZUCATO, Mariana. (2011). The Entrepreneurial State, Demos, London, UK. (CAP 2)
CIMOLI, M.; DOSI, G.; NELSON. R. R.; STIGLITZ J. Instituições e políticas moldando o desenvolvimento industrial: uma nota introdutória. Revista Brasileira de Inovação, Rio de Janeiro, vol. 6 (1), jan.-jun. 2007
SUZIGAN, W.; FURTADO, J. (2010). Instituições e políticas industriais e tecnológicas: reflexões a partir da experiência brasileira. Estudos Econômicos, São Paulo, v. 40, n. 1, p. 7-41.
10- POLÍTICA INDUSTRIAL DIANTE DO NOVO PARADIGMA TÉCNICO-PRODUTIVO – Lee et all. (2020); Sturgeon (2019); Roselino, Diegues (2020)
LEE, K.; MALERBA, F.; PRIMI, A. (2020) Fourth industrial revolution, changing global value chains and industrial upgrading in emerging economies. Journal of Economic Policy Reform, 07 May 2020.
STURGEON, T. J. (2019). Upgrading strategies for the digital economy. Global Strategy Journal.
ROSELINO & DIEGUES (2020). Limites do arcabouço tradicional de política industrial para o Brasil: elementos para uma abordagem alternativa em um mundo de estruturas fluidas. Texto para Discussão 375, IE-UNICAMP.
11- POLÍTICA INDUSTRIAL NA CHINA – Burlamarqui (2017); Chen, Naughton (2016); Naughton (2020)
BURLAMARQUI, L. (2017). Schumpeter goes to China: entrepreneurial state, socialization of investment and creative destruction management, Texto para Discussão, UERJ.
CHEN, L & NAUGHTON, B. (2016). An institutionalized policy-making mechanism: China’s return to techno-industrial policy, Research Policy 45 (10), 2138-2152.
NAUGHTON (2020). Chinese Industrial Policy and the Digital Silk Road: The Case of Alibaba in Malaysia, Asia Policy, Volume 15, Number 1, January 2020, pp. 23-39.
12-15 – SEMINÁRIOS DOS ALUNOS

Bibliografia Principal:

1- ARAUJO, Elisangela et al. Revisitando a desindustrialização e o papel da heterogeneidade setorial: uma análise global para o período 1993-2018. Anpec, p. 1-20, 2021.
BRIE Working Paper 92B.
BURLAMARQUI, L. (2017). Schumpeter goes to China: entrepreneurial state, socialization of investment and creative destruction management, Texto para Discussão, UERJ.
CHANG, H.-J. (1994). The Political Economy of Industrial Policy. London: Macmillan (Cap3).
CHEN, L & NAUGHTON, B. (2016). An institutionalized policy-making mechanism: China’s return to techno-industrial policy, Research Policy 45 (10), 2138-2152.
CIMOLI, M.; DOSI, G.; NELSON. R. R.; STIGLITZ J. Instituições e políticas moldando o desenvolvimento industrial: uma nota introdutória. Revista Brasileira de Inovação, Rio de Janeiro, vol. 6 (1), jan.-jun. 2007
Corporate Change, v.11, n. 3.
DAUDT, Gabriel Marino; WILLCOX, Luiz Daniel. Reflexões críticas a partir das experiências dos Estados Unidos e da Alemanha em manufatura avançada. 2016.
DIEGUES, Antonio Carlos; ROSELINO, José Eduardo. Política Industrial e Indústria 4.0: a retomada do debate em um cenário de transformações no paradigma tecnoprodutivo. Revista Brasileira de Inovação, v. 19, 2021.
DOSI, G. (1988). “Institutions and markets in a dynamic world”, The Manchester School, 56 (2) 119-46.
DOSI, G. (1988). Sources, procedures and microeconomic effects of innovation. Journal of Economic Literature, v. 26,
DOSI, G.; TEECE, D.; WINTER, S. (1992). Toward a theory of corporate technology: preliminary remarks. In: DOSI,
ERNST, D.; KIM, (2001). Global production networks, knowledge diffusion, and local capability formation. Research
FREEMAN, C. (1995). The "National System of Innovation" in historical perspective. Cambridge Journal of Economics,
G. et al. Technology and enterprise in a historical perspective. London: MacMillan.
HASENCLEVER,L.; TIGRE,P. Estratégias de Inovação. In: KUPFER,D.; HASENCLEVER, L. (2002), orgs., cap. 18;
HIRATUKA, Célio; SARTI, Fernando. Transformações na estrutura produtiva global, desindustrialização e desenvolvimento industrial no Brasil. Brazilian Journal of Political Economy, v. 37, p. 189-207, 2017.
HIRSCH-KREINSEN, H. “Industry 4.0” as Promising Technology: Emergence, Semantics and Ambivalent Character, 2016. (Arbeitspapier, nr. 48).
Holland, v. 13, n. 4.
LAZONICK, William; O'SULLIVAN, Mary. (2000) Maximizing shareholder value: a new ideology for corporate governance. Economy and society, v. 29, n. 1, p. 13-35.
LEE, K.; MALERBA, F.; PRIMI, A. (2020) Fourth industrial revolution, changing global value chains and industrial upgrading in emerging economies. Journal of Economic Policy Reform, 07 May 2020.
MAZZUCATO, Mariana. (2011). The Entrepreneurial State, Demos, London, UK. (CAP 2)
NAUGHTON (2020). Chinese Industrial Policy and the Digital Silk Road: The Case of Alibaba in Malaysia, Asia Policy, Volume 15, Number 1, January 2020, pp. 23-39.
NELSON, R.; WINTER, S. (1982). An evolutionary theory of economic change. Harvard Un. Press. Caps 1 e 11
PAVITT, K. (1984). Sectoral patterns of technical change: towards a taxonomy and a theory. Research Policy, North-
PLIHON, D. (2005). As grandes empresas fragilizadas pela finança. In: CHESNAIS, F. 2005. Finança Mundializada – raízes sociais e políticas, configurações e consequências. São Paulo: Boitempo Ed..
Policy, n. 31, p. 1417-1429.
POSSAS, Mário Luiz. "Concorrência schumpeteriana." Economia industrial: Fundamentos teóricos e prática no Brasil. Rio de Janeiro, Brazil: Campus (2002).
ROSELINO & DIEGUES (2020). Limites do arcabouço tradicional de política industrial para o Brasil: elementos para uma abordagem alternativa em um mundo de estruturas fluidas. Texto para Discussão 375, IE-UNICAMP.
SCHUMPETER, Joseph. Capitalismo, Socialismo e Democracia. Rio de Janeiro: Editora Zahar edição original de 1942. (1984: capítulo 7 e 8)
sep.
STURGEON, T. (1997). Does manufacturing still matters? The organizational delinking of production from innovation.
STURGEON, T. (2002). Modular production networks: a new American model of industrial organization. Industrial and
STURGEON, T. J. (2019). Upgrading strategies for the digital economy. Global Strategy Journal.
SUGIMOTO, Thiago Noronha; DIEGUES, Antônio Carlos. A China e a desindustrialização brasileira: um olhar para além da especialização regressiva. Nova Economia, v. 32, p. 477-504, 2022.
SUZIGAN, W.; FURTADO, J. (2010). Instituições e políticas industriais e tecnológicas: reflexões a partir da experiência brasileira. Estudos Econômicos, São Paulo, v. 40, n. 1, p. 7-41.
SUZIGAN, W.; VILLELA, A.V. Industrial policy in Brazil. Campinas: Unicamp/Fapesp, 1997 (Cap 1).
v. 19, n. 1.
WRAY, L. Randall, (2009) “O novo capitalismo dos gerentes de dinheiro e a crise financeira global” Revista Oikos, volume 8, n.1. Rio de Janeiro, 2009.